segunda-feira, 15 de agosto de 2016

LOVE THAT...

E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.

E o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

 - Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
 - Quis, disse a raposa.
 - Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
 - Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
 - Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
 - Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.